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A Arte de Combinar Vinho e Comida

Olá, eu sou Claudio Pinto, sommelier e um apaixonado pelos vinhos e seus mistérios, e a partir de agora iremos viajar no mundo da enogastronomia: a arte de combinar vinho e comida de forma harmoniosa e marcante.

Inicialmente é importante citar que a harmonização é uma recomendação baseada em conceitos técnicos, que abrangem a qualidade do vinho e da comida em seus diversos aspectos como textura, sabor e persistência aromática, mas sobretudo a avaliação quanto ao gosto é uma questão pessoal e no final das contas, é o que vale.

Para termos uma boa experiência enogastronômica é importante definir:

- Quem determinará o menu? O Vinho ou a Comida?

Se o vinho for o ator principal, deve-se levar em conta a estrutura do vinho (leve, médio corpo ou encorpado), aromas dominantes ( frutas frescas, compotadas, florais, herbáceos, minerais e/ou aromas complexos), acidez ou doçura e tanicidade (aquela sensação adstringente de secura após deglutir o vinho).

Se a comida for a estrela, deve-se considerar a textura do alimento, os sabores presentes (doce, salgado, amargo, azedo, umami) e o teor de gordura do prato.

Em linhas gerais podemos estabelecer o seguinte racional:

Pratos com acidez elevada => vinhos de acidez alta.

Pratos com gordura elevada => vinhos encorpados e tânicos.

Pratos com sabores intensos => vinhos com boa acidez e dulçor presente.

Pratos com sabores amargos => vinhos frutados (jovens) e minerais.

Pratos doces => vinhos doces naturais ou fortificados.

Vale dizer que os Espumantes são excelentes “coringas” nas harmonizações e na dúvida, são a opção segura.

Outra dica é: respeite a regionalidade. Por exemplo, se estais em Portugal, na região da Bairrada, peça um vinho da Bairrada. Na França, em Bordeaux, peça um vinho de Bordeaux etc.

Na próxima postagem iniciaremos nossa viagem pela Itália. Buon appetito a tutti!


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